Cala-te ó galo da madrugada,
que a razão é impenitente.
Jaz perto a alvorada de outrora,
que agora só existe nobremente.
Ah! Cada broto de esperança!
Se tu podes esperar tua beleza,
posso agora velar por meu amor,
pois é puro e exala realeza.
Arvoredo por que fazes a pergunta?
Tuas folhas não caíram no outono,
um sinal, fruticidade oportuna,
não desejo acordar do lindo sono.
Onde posso cirandar na ilusão?
Na fazenda real da Patagônia!
Liberdade no odor dos ermos campos,
onde habita fielmente a insônia.
Doces fontes, paralelo da emoção,
sanidade brutalmente decaída,
na corrente desse rio do país,
onde posso encontrar uma saída.