Que Sacrifício!
Noites mal dormidas,
pálpebras do conhecimento,
no entorpecimento do status demente,
uma mente sem trégua.
O contorno da régua inconformada,
insaciável ne busca alienada,
por mais saber, se põe a comover
quem de cima assiste o nada.
Onde a lua enamorada,
rir-se no deboche da irrelevância,
essa mesma instância
vale mais que todos os livros do mundo.
Sábios Imundos!
A essência arrogante, dominante,
em si jaz sufocante,
no atropêlo da ânsia percebida,
se não é conseguida
vira pesadelo.
Que Artifício!
Dias bem usados
no trabalho infindável,
o propósito alcançável
arranca o suor do rosto.
Se existe um desgosto,
é perder toda riqueza.
O jorrar do pranto da certeza,
sem dinheiro no bolso, sem valor.
E esquece-se o amor,
e talvez todo labor
de uma vida detentora do poder,
no final da estação,
pague os pregos do caixão.
Gloriosos Egoístas!
São artistas desse palco,
onde estão os altruístas?
Comparem os betumes
que cobrem as sepulturas.
Essas duas culturas,
em si, conflitantes loucuras:
o concurso, o percurso e todo custo;
essas não quero,
vou poetar, descansar e amar.