Em um madeiro para salvar a humanidade
Há dois mil anos foste pregado
Com a mais vil e atroz perversidade
Pela plebe foi teu corpo apedrejado
Por carrascos com a maior iniquidade
De tuas vestes fora despojado
Pela turba injusta era açoitado
Sendo aboquejado e cuspido com impiedade
Ao contemplar tua dolorosa estertória
Silenciosa ao pé da cruz soluçava
Uma virgem que se chamava Maria
E não se sabe dos dois quem mais sofria
Se tu Cristo que suspenso agonizava
Ou ela tua mãe vendo que morrias.