Poesia

Três Almas

Três Almas

Existem forças inexplicáveis
Num universo tremendo
Que guiam a verdade e a desilusão.
Entre almas, anjos sedentos
Vou lhes dizer aonde é o seu chão.

Pois sou algo límpido e audaz
Soldado seguidor do bem
Não vejo nada de mais
A não ser pureza contra cobiça
Anjo rebelde, seguidor leal:
Chamo-me justiça.

Eis que vejo o lado do pensamento.
Relativo, busco em rimas
A resposta mergulhadas em solução.
Contemplando e revendo a verdade
Positiva-científica, posta em minhas mãos.
Pois alcanço qualquer objetivo,
Neutralizando assim os inimigos de guerra
E a discórdia da nação.
Ordem, âmbito de importância:
Chamo-me razão.

Eis aqui a força maior,
O espírito presente em todos os seres.
O único ainda não vencido
Pelo ódio e rancor do homem,
E que neste coração está jazido.

Estou na mão do poeta,
Na alma da criança,
Na mais bela flor.
Sou o motivo mais forte pra viver:
Chamo-me amor.

Enchem-se os vasos amenos,
Cala-se a trombeta profana,
Logifica-se a natureza desse fio,
A alma humana se engana
Num sorriso ironicamente frio;
Onde razão, justiça e amor unem suas forças.
Tomando como objetivo
A base, o princípio e um coração menos árduo
Conforme a mais límpida água
Brotada da fonte de Adão.

(Acilino Portela, Alexsandro, Viceleno Barros)

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