Florece fielmente na juventude,
é um grande assassino da solidão.
Nos leva para imensa altitude,
no peito, escraviza o coração.
No leito ele degrada a saúde,
na gente, desestrutura a emoção.
É triste e a alma ele ilude,
suave, toca como uma canção.
Vivido intensamente num momento,
pertuba nosso sono nessas noites.
É cura no despontar do desalento,
machuca a pobre alma com açoites.
Não morre no limiar de uma saudade,
é certo que ele nunca vai perder.
É puro e baseado na verdade,
tão simples que contempla o amanhecer.
19.10.2008