Poesia

Um canto triste

Um canto triste

Fétida, mas formosa
um tanto gloriosa,
pois moça ela partiu.

Nunca existiu,
um canto tão triste
que o anjo assiste
de cima da cruz.

E a noite reluz,
com todo clarão
e a linda seduz
o nobre varão.

Diadema de flores,
os doces odores
de algo que chama.

Presa à cama
de estrume coberta,
certeza incerta
do vil prantear.

Estrela do olhar,
que astro mutável,
é desagradável
te ver a brilhar.

Entranha Mirrada,
a pura alvorada
desapareceu.

E ela morreu,
aspecto lívido
d'um mover vívido
que antecedeu.

E fico a pensar,
naquela menina.
Irei me juntar.
quando se destina?

Werton Fonseca Werton Fonseca Autor
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