Pregarei estrelas
no céu de minha boca
E se minha voz ficar rouca
ordem e progresso bordarei
no avesso dos meus olhos
Fugirei às regras
Acreditarei nos políticos
A cada um
darei um penico
para falarem à vontade
a voz que vem de dentro
-que a Lei é dura
e fura
Aquele que não tem capacete
não aguenta porrete
Vai, zé!
Ser mané nas urnas
Gritar e espenear agora
vai adiantar não
És uma anta
no banquete
da nação
-Não molesta
a honestidade do patrão!
-Diz a autoridade
Pois eu lhe digo:
-Mostra os dentes
mas se já não os tiver
mostra a gengiva insolente
que de pão e leite
o cidadão
não fica em pé
Vai, zé!
Ser mané nas urnas
A esmola
enche tua colher