Poesia

Podre no Caixão

Podre no Caixão

Gélida no sepulcro perdido,
intensa, imóvel e morta.
Seio pálido e fedido,
o desespero jaz a porta.

Foi de amor que pereceu,
atmosfera da ilusão...
Na vida nunca venceu
e sofreu decepção.

Podre no caixão de madeira
pelas ruas não vai mais andar...
Subia tão linda a ladeira,
pensando sempre no amar!

Perpassa uma brisa do norte
em dias virarás uma caveira.
Coitada! Nunca teve sorte,
na vida ,sempre foi a derradeira!

Werton Fonseca Werton Fonseca Autor
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