Ah que saudade da maresia
Da ventania que corria sobre o cais
Ah, saudade daqueles tempos
Que corria sem medo de encontrar
Saudade do céu azul que hoje é cinza
do cheiro de terra molhada
e o prazer em viver que eu sentia
de olhar no porto
sendo louca, esperando o teu barco chegar.
Ah, porque não voltaste para meus braços
Como antes fazia, quando me olhavas ao longe
No mar
me comia e eu delirava com seu olhar.
Porque se deixou naufragar,
me deixando ao relento
a beira do mar.