Andando pelas ruas
desta capital incendiada
em pleno agosto
deparei-me com um ipê amarelo.
Ipê amarelo,
largado numa esquina qualquer
mas que premiava os que passavam
com suas flores amarelas,
que como borboletas,
se desprendiam dos galhos
e acompanhavam o leve movimento do ar.
Ah! Claro ipê!
Queria ser como suas flores amarelas:
soltar-me do que me prende
e no ar permanecer.