Teresina, tua rotina me adoece.
Vê se não esquece desse filho teu,
Prometeu acorrentado antes do por-do-sol,
farol já sem forças, fígado novo a cada dia.
Pequenina, tanto fascina quanto entorpece.
Cheia de si, mal percebe o teu vazio
banho de dois rios que se encontram
numa curva flutuante, de espumas contorcionistas.
Bailarina, pisca os olhos enquanto seduz,
reluz um ouro de tolo, traduz enganos quaisquer.
Entrega teus moradores, inclemente,
ao major-capitão-tenente, serviçal de baixo calão.
Colombina, em ti festejam poucos ricos,
pobres de espírito preferem vestir suas máscaras,
escondem da população os valores da terra,
promovem a guerra em plena praça pública.