Poesia

O artesão

Flutua flutuêia
Nesse mar chamado sertão
Que me regorjeia numa doce ilusão

Pairando como a terra
Num oceano de ar
Posso até revirar
E ainda assim só penso em amar
No frio da noite ao luar
Que relampeia galopes
Dos que em vida
Ao sertão fizeram de mar

Mais forte que um forte
Nos braços da melancolia
Anda a veraneio
E mais alto anda o vaqueiro
Congelando no sertão
Num só devaneio
Só pensa no seu meio
Meio forte, meio seco, meio norte

Cantando numa só penitência
Um repente de repente
Aclamando sua resistência

Bom dia, boa tarde, boa noite.
Aqui sóis theresinense
Na arte da sobrevivência
Sou Phiauyense

Victor A A Barbosa Victor A A Barbosa Autor
Envie por e-mail
Denuncie