Flutua flutuêia
Nesse mar chamado sertão
Que me regorjeia numa doce ilusão
Pairando como a terra
Num oceano de ar
Posso até revirar
E ainda assim só penso em amar
No frio da noite ao luar
Que relampeia galopes
Dos que em vida
Ao sertão fizeram de mar
Mais forte que um forte
Nos braços da melancolia
Anda a veraneio
E mais alto anda o vaqueiro
Congelando no sertão
Num só devaneio
Só pensa no seu meio
Meio forte, meio seco, meio norte
Cantando numa só penitência
Um repente de repente
Aclamando sua resistência
Bom dia, boa tarde, boa noite.
Aqui sóis theresinense
Na arte da sobrevivência
Sou Phiauyense