Poesia

HISTORIETA



A moça era uma prenda
A moça era um primor
Do tipo dama antiga
Poemas de Azevedo?
Sabia-os de cor
A moça cheirava a sais
E nos idos ouvia clássicos
Uma jóia rara
E com a pele da alvura da neve
Passeava pela praça
Nas tardes mornas
Mas as tardes nunca deixaram
De ser mornas
As mesmas indolentes e monótonas
Até que um dia, a moça sem mácula,
Ousou os pés além da estrada...
E além da colina
Viu tantas luzes e purpurina
Que não pensou
Sem mala
Apagando os rastros
Foi-se... ... ... ... ... ...
E nunca mais voltou.
E até hoje contam
A história da Flor
Que nos campos de Deus
O Diabo roubou

Socorro  Pinho Socorro Pinho Autor
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