O amor não se explica
Não se descreve
Ou se compara
Apenas sentimos o seu fogo
Envolver-nos a alma.
Quando em um suspiro
Sentimos tremer a face de leve encanto
Que ao acaso podem nos confundir
Com os desejos devaneios da alma
Olhos cadentes, seios despidos
Imagens de corpos nus
Que ao engano nos leva ao prazer efêmero
Que se desfaz em uma noite
Deixando o ermo na sombra das paredes
Amar é sentir, desejar o eterno
Conhecer crimes, defender lutar
Pelo o que zelamos com a própria vida.
É ter sempre consigo o desejo
A busca o infindo, o sempre o eterno
É sentir seios roçar-nos o peito
Inesgotável fonte de êxtase
Que ao acaso concede e é concedido.
Lima de Vasconcelos