Chove lá fora
E eu aqui dentro
Sem fazer nada
Esperando o momento
Em que só poderei chorar
Chorar de raiva
Chorar de saudade
Chorar de tristeza
Não sei!
Só sei apenas chorar
Não sei se um dia
Essa chuva acabará
Se acabar ótimo!
Mas mesmo se me livrar
Da chuva lá fora
Aqui dentro, a tempestade não para.
Pois quem será lá de fora
Que me salvará
Pra em minhas lágrimas
Não me afogar?
Sendo só eu um pequeno ser a ser gerado
E prestes a naufragar?
Pretendo ver o sol que tanto ouço falar
Um dia quem sabe só pra mim brilhar
Falo..., falo ninguém me ouve
Será que tenho que abrir à porta
Sair ao mundo e gritar: “Estou aqui!”
Pra pelo menos um filho de Deus ter
Compaixão de mim
Sei que não é pra tanto
Mas quem me dera um dia
Sem poder pensar
Em tudo isso que acabei de falar
Quem me dera à oportunidade
De sentir meu chão
Pintar o mundo
Com a palma da mão
Dar primeiros da vida
Como todos meus irmãos
Sair desse mundo que vivo
O mundo ainda da imaginação
É quem me dera...
É como a seca do sertão que sonha por chuva
Assim como a brisa da janela espera soprar
Tal como os rios vão à busca do grande mar encontrar
Assim também desejo chegar
Sem precisar no silêncio chorar
Sou uma vida
Apesar de tanta luta ter que passar
Às vezes até por um descuido surgir,
Não pedi pra ser turista
Nesse seu mundo de diferir
Agora peço a você
Ter mais amor por mim
Pois sou apenas uma criança
E com sua ajuda
Quero chegar até o fim.
