Poesia

Trem

Esqueci o meu nome
Sou passageiro de algum trem
Que vai, que vem, que para
Em qual estação irei descer?
Vivo um sonho acordado
Estou num mundo diferente
As pessoas vão e voltam
Sou um invisível no eco
Olho para os lados, nenhum amigo
Agora, sento-me sozinho
Fico preso nesse vento solto
Que corre como a mentira
Que tem a perna curta
Pego meu violão em forma de vassoura
Começo tocar a música
Minha voz está rouca
A cada estação, ganho, perco
Aprendo, sinto a evolução
São os trilhos da vida
Que me ensinam a viver, sem moderação.

Netão Ribeiro Netão Ribeiro Autor
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