Mário¹ vive passarinho,
Luís², no dualismo,
eu, permisso macio.
E você,
por que não permitir-se?
Em sonhos, todos idealizam
Trabalho, materializam
Amor, aspiram
Carinhos, eternizam
Raiva, se rebeldiam
E em sentir todos vivem
Mas se em sentir
vivo,
de nada se opõe
o rabisco,
que em palavras toscas,
brutas, soltas,
em melodia ou sem rima,
traduzem
um EU em versos.
E pela realidade desliza
rascunhos em poesia,
já se deparando
com o final da linha.
Use a forma
que melhor te servir
e a letra sair,
todos somos
poetas a vir.
Pense livre,
passarinhe,
dualize,
contrarie,
permissie...
(Suzianne Santos)
¹Mário Quintana
²Luís de Camões