O galo canta
A luz se desmancha
Dentre as nuvens surgi um ser
A lua
Ela traz consigo o silêncio dos inocentes
As estrelas cintilam a imensidão
O escuro envolve em uma inebriante mansidão
A brisa arrasta para além das dimensões
O gato posa em cima do muro
Observo tudo do lugar a que me prende
As baratas saem dos escombros em que habitam
Rosas brancas me acompanhar nessa ocasião
O instante anuncia a chegada da Senhora Madrugada
Que surgi vestida de cetim
Ela surssura ao meu ouvido que não estou só
Silêncio
O vento sopra-me seus segredos
Sinto o sono pulsar em minhas pálpebras
Durmo, enfim.