Oeiras não é mais tanto
A mesma de OG
Os rapazes, ainda
Garanhões fogosos
Mas, as moças?
Libidinosas que dormem tarde
Alegres, em sítios burgueses
De alegres festas pela noite inteira
Nada casadoiras essas moças
Longe das igrejas
As igrejas... catedrais velhas
Onde só frequentam
Velhos
Preconceitos
E fuxicos
OGEIRAS
Cidade, história e descaso
Capuletos e Montéquios
Degladiam sua pura e Julieta política
Do leme ao cruz
Da Vitória ao Rosário
Tupamarus lobos e pavões de boca preta
Oeiras é um vale quente e esquecido
Gloriosa pelos áureos tempos idos
Sua fé é necessária para esconder
Seus escândalos
Onde
Todos são inocentes
Pois só sabem julgar os outros
Sua hipocrisia não escorre pelo rio subterrâneo
Que não passa
Que não lava
Que não existe
Oeiras é o busto de um O.G. triste