A onda anda mansa
nas bocas da maré
sem o agito das moitas
Um mala
pinta no pedaço
na cola
de quem tem trampo
Alguém dá o berro
-Cadê meu cruza?
A boca esquenta
O cana vai fundo
pisando nos calos
do brasuca cara-de-pau
que tenta
fugir da raia
É a maré
que não tá pra peixe
só pra anzol
O mala é fisgado
com um berrante na cuca
que se funde nos grilos
Mas muito vivaldino
saca na fuça do cana o chapa
que se liga em cascata
E deixa cair de leve
a gaita
na boca do balão
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P.S.:Poesia em gíria