É noite fria
de vento forte
E pequenas mãos roxeadas
apertam os joelhos
contra a barriga vazia
E tenta adormecer
E tenta esquecer
a fome do dia
Não é casa
nem barraco
onde o pequeno lavador de carro
dorme
como vagabundo
É debaixo do banco
da parada de ônibus
no abandono dos pais
na indiferença do mundo