Em meus papéis outra estética reina soberana
como uma abelha rainha
à espreita de seus zangões
para o ato fatal.
As palavras são como fagulhas do mundo
espalhadas em plena escuridão
ou simbolismo nefando da quase-vida
bailando ao som do vento encrespado
nos espaços vazios
da eterna noite mental.
Ela, a palavra,
dita, bendita,
não dita ou maldita,
reside nestes mesmos sonhos
e também nos medos.
Apesar de tudo
ressoa uma voz estridente
a dizer que daqui não saiu
e já não sei dizer se daqui ninguém me tira.