No início era apenas uma procura, uma tentativa,
Uma busca para aliviar minhas tensões,
Meus problemas, minhas faltas,
Ausências nem sempre notadas.
Ausências são desastrosas
Principalmente quando esperadas
Mas são também uma resposta
A quem espera sem amar.
Amar é falta, é ausência, é não se dar conta
De que o outro está presente.
Agora, no fim, não é mais procura,
Muito menos tentativa,
É apenas a ânsia de ligar o elo perdido
Do que passou e do que virá,
Do que não se notou e do que não se notará,
Daquilo que não se amou e daquilo que se amará.
Amor é falta, mas é também possibilidade única
De unir os extremos.