rebusco-me num espaço agitado
perco-me, embaraço-me
e a duvida me enlouquece
ao passo que só escurece
então vago dentro do labirinto
do meu próprio pensamento
mas só ouço um lamento
e o eco da solidão
recolhe-se meu coração
num olhar de desvaneio
não se impõe, já não ousa
pois perdeu a ousadia
nos ventos uivantes desse labirinto
que só ha saída
se eu perder a razão
esta já não me refugia
em abrigo seguro
eu peço uma trégua
preciso perder a razão
o limite, os princípios
pra me apaziguar
e assim me libertar