MATÉRIA IMPURA
Dos sêmens errantes que vagueia a existência,
Somos seres irradiantes que prenuncia,
Do orgasmo ejaculado na inteligência,
De um ser que se fecunda e anuncia,
Do hálito da terra soprado nas narinas,
De uma costela doada tão indecente,
No ato testemunhado pelas lamparinas,
No “FIAT LUX” que se fez eficiente,
Da satisfação dos amantes na hora de loucura,
De um visionário cúmplice da copulação,
Dos corpos despidos e desnudados na doçura,
Da vadeação de loucos na criação,
De um ato pecaminoso da matéria impura,
Da latência pelo suspiro na gestação.