SANGUE
Corre nas horas incansáveis a obsessão,
Infeliz no meu líquido um pouco insano,
De alguém sem vida na eterna dispersão,
Que derrama e que despe o ser humano,
O sangue gélido que escorre vai descansando,
Na lágrima do rosto que desce no destino,
Que na lembrança do amor despedaçando,
Foi vagão na contramão viajando repentino,
O rubro que esvaece nas veias vai acendido,
Pelo fogo que queima no âmago castigando,
E na noite fria é ar e respiro confundido,
Na adrenalina do coração que amargando,
O suspiro da reza que erra e foi perdido,
Da paixão efêmera de amantes, amando.