Poesia

RISO MARGINAL

RISO MARGINAL
No palco do céu resplandece a interpretação,
Da são José o caminho ortodoxo,
No eterno vai e vem um pouco paradoxo,
De carros e pessoas em transação,
Pessoas reduzidas em suas individualidades,
Sem máscaras no plenário do sol escaldante,
Que reluz o suor nos rostos de uma cidade,
Que vagueia na obsessão do sonho Dante,
Carros e buzinas, gritos e gemidos anônimos,
Que traduz a leitura na expectativa do jornal,
Que corre as notícias em seus sinônimos,
De uma Barras com seu riso marginal,
Que aquece humanamente seus antônimos,
No calor gélido do asfalto surreal.

Joaquim N Ferreira Joaquim N Ferreira Autor
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