DESEMBARQUE
Seguindo e cambaleando feito trem nos trilhos da vida,
Não encontrando a estrada vazia nos dias do futuro,
Que de num destino opulento e amplo no obscuro,
Foi vagão descarrilado no suspiro da alma desiludida.
Que partindo humilhado na volta sem ermo e sem rimo,
Facultando na origem rumores dos olhares afetuosos,
Das vísceras pútridas na face das carnes sem ossos,
Do olhar firme e triste no desprezo de um choro de menino.
Braços ao vento levantados e despertando vozes cantando,
Uma ladainha triste que fascina e esvazia o interminável,
De uma melancolia a vagar e que vela o alívio, no entanto,
Do enevoado mármore frio que é leito gélido e brando,
Nas parafinas de luzes que se dissolve e vão acendendo,
O clarão da alma vivente que na pá de terra vai enterrando.