O dia silencia ao meio-dia
e esvazia as ruas
com a percussão dos talheres
que preenchem de alívio meu estômago aziago;
que preenchem o espaço-tempo diminuto
e te pergunto:
é aqui que é aqui?
Tenho uma hora e meia para o almoço
na sesta debutante
que reanima
qualquer resposta dada.
Tenho uma hora e meia para mastigar
lentamente
o alimento
como mandam os bons costumes
e beber o suco cítrico
de meus lampejos,
sentindo o ar invadir os pulmões,
arquejando
até que o tempo acabe
ou acabe comigo.
(e o tempo acaba)