Sempre que se move
A vida se transforma
O tempo é o revólver
A inércia é o cadáver
Há restos de abortos
No ventre da revolta
O grão que se revolve
Germina mais um broto
O parto é o fim do coito
O cais é o mar morto
O porto é um velho ovo
Chocando o mundo novo
Enquanto existir povo
O mundo é um ovo choco