
            SOBREVIVÊNCIA (DESMATAMENTO)
Poesia 
De uma pequena e singela semente
Transformo-me em algo majestoso e belo
Fornecendo, folhas, flores e frutos diversos
Formando uma verdadeira aquarela
Desenvolvo ramificações complexas 
Firmo-me profundamente
Em busca de água e alimento
Realizo trocas benéficas
Fornecendo a matéria orgânica ao solo 
Em troca de vitaminas essenciais 
Respiro o ar poluído
Em troca do ar puro
Realizo a fotossíntese um dos milagres da vida
Alimento os pássaros, os animais, as abelhas, os insetos
E até mesmo os ditos seres humanos
Amenizo ate mesmo as suas dores e ate curo suas doenças
Os pássaros me dão prazer 
No seu majestoso cantar ao amanhecer 
Os animais me fazem sentir útil
E em troca me fazem companhia 
Às abelhas forneço néctar e em troca 
Elas me alegram no dia a dia
Ate os insetos me dão alegria
Formando suas enigmáticas colônias 
Os seres humanos em troca me fazem cortes profundos
Das minhas artérias jorram seivas 
Que me faz murchar de tristeza
Estou sem defesa, procuro de alguma forma
Restabelecer-me, mais a luta é desigual
Logo vem algo em forma de calor 
Que são as famosas e destrutivas queimadas
Que a tudo destrói: plantas, pássaros, animais, abelhas, insetos
E ate mesmo o próprio ser que se diz racional 
Como lutar essa luta desigual?
Parar de germinar seria o ideal?
Parar de crescer e florescer?
Não fornecer alimentos?
Parar de respirar o ar poluído?
Deixar de fornecer o ar puro?
Não realizar a essencial fotossíntese?
Quem terá as respostas?
Os pássaros?
Os animais?
As abelhas?
Os insetos?
Ou os ditos seres racionais terão
E de tão arrogantes e egoístas que são nunca dirão.
Autor: Edilmar Leão - ( Picos - Piauí )
Guarulhos/Sp – 21/07/2008 
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