Poesia

LUZ

LUZ

Lá vem o luzir das emoções
Das cores, dos amores
Da vida, sofrida
Com seus contagiantes sabores.
É luz, é a luz que vem
E veio dar à luz.
Não é tão definível
É mais, é demais.
Dar à luz ao mundo
A um ser profundo
E indefeso, quase sem peso.
É olhar para o espelho da vida
E se considerar fonte viva de vida
Alargando-se em suas curvas
Traquinas, típicas de menina.
E em sua meiguice, de meninice
Ver suas formas arredondadas
Sumirem e lhe despirem
O corpo, a alma, sem calma.
De repente tudo se tornou euforia
Ou nostalgia? Tristeza de se sentir
Amedrontada, medo de ser instrumento
De vida, de luz, que traduz
O seu mais âmago sentimento de brilho.
Seu encanto pela maternidade
Que a enche de felicidade
E sua admiração por ser e querer
Ser mãe, terna de doçura
Amor e ternura.
E quando os movimentos do fruto
Iniciam, quase inacreditáveis
E tão saudáveis, saltitantes
E hipnotizantes, hilariantes!
É sinal que ali, no paraíso do amor
Na maciez do seu cantinho encantado
Uma vida se mostra cada vez
Mais ativa e cresce com fervor.
Amiga de todos os momentos
Doce alívio a seus tormentos
Não tem explicação,
É demais a emoção
E sua razão de ser é só esperar
Para saber, o deslumbro de poder
Senti-lo e orgulhosamente exibi-lo
Ao mundo, ao seu eu.
No deslizar do seu corpinho
Vai adormecendo-a de carinho
Ensinando-a o que é amor,
E nessa hipnose divina,
Tudo desatina e mais nada é permitido
Nem tristeza, medo ou dor
Na verdade, sente-se feliz
Vai ser “mãe”, mais e verdadeira mulher
Fonte de amor, sem igual
Um privilégio universal.

Adriana Furtado Farias
JF (PI) 11/12/95.

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