Poesia

SONETO VI

Invejo quando escrevo, o lavrador
A sua sabedoria, sua arte, sua teima
Que quando o seu roçado, suado, queima
Queima a desesperança, semeia o amor.

Meus versos quem me dera tanta sorte
Vingar nesse roçado sem queimar
E como o lavrador a pelejar
Cuido para que cresça e fique forte.

O fruto resultado da peleja
Ao lavrador a safra merecida
Ao poeta, quem sabe, em breve veja

O verso no terreno bem vingado
Ao lavrador comparo a forte lida
Que da peleja surge o resultado.

Pedro Barros Pedro Barros Autor
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