Invejo quando escrevo, o lavrador
A sua sabedoria, sua arte, sua teima
Que quando o seu roçado, suado, queima
Queima a desesperança, semeia o amor.
Meus versos quem me dera tanta sorte
Vingar nesse roçado sem queimar
E como o lavrador a pelejar
Cuido para que cresça e fique forte.
O fruto resultado da peleja
Ao lavrador a safra merecida
Ao poeta, quem sabe, em breve veja
O verso no terreno bem vingado
Ao lavrador comparo a forte lida
Que da peleja surge o resultado.