Poesia

Fuga da morte

Fuga da morte

Na cavidade oral de teu ser
Serpenteia a minha morte

E com sussurros e gemidos de que um dia teve sorte,
De quero tua alma, de quero o teu ver,

Sinto teu hálito podre e ardil
Sinto teu lado negro e sombrio

Tu que és a morte
Eu, que um dia, fui lorde

Deixe-me aqui a vagar
Não me leve com você

Fique com meu corpo em putrefação,
Um novo berçário de larvas, em decomposição

Meu corpo não passa de uma carniça
Deixe-me a vagar por essa carnificina chamada mundo,

Na cavidade oral de teu ser
Serpenteia a minha sorte

Que advêm com o uivo do vento frio,
Com sussurros e gemidos da senhora própria morte.

Luno G De Oliveira Luno G De Oliveira Autor
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