Na cavidade oral de teu ser
Serpenteia a minha morte
E com sussurros e gemidos de que um dia teve sorte,
De quero tua alma, de quero o teu ver,
Sinto teu hálito podre e ardil
Sinto teu lado negro e sombrio
Tu que és a morte
Eu, que um dia, fui lorde
Deixe-me aqui a vagar
Não me leve com você
Fique com meu corpo em putrefação,
Um novo berçário de larvas, em decomposição
Meu corpo não passa de uma carniça
Deixe-me a vagar por essa carnificina chamada mundo,
Na cavidade oral de teu ser
Serpenteia a minha sorte
Que advêm com o uivo do vento frio,
Com sussurros e gemidos da senhora própria morte.