Ó doce poesia, não fujas de mim, venha!
o meu eu é fornalha e precisa de lenha,
quer fazer de vc, misteriosa poesia,
cinzas da minha sabedoria.
Mesmo com este sereno que cai,
me faz escrever os versos da vida.
Quebra essas grades e solta as palavras que me atrai,
satisfazendo os desejos da minha alma sofrida.
Meiga, misteriosa poesia,
toca o me eu, inspira-me,
a exalar paixões, melancolias...
Ó doce poesia, venha até mim,
forme-se em vulto..., mas venha,
pra eu descrever seus adjetivos sem fim.
(MarcielBP, Dmourao, 27/11/2000)