Poesia

Vida Avenida

Vida Avenida

Caminhando de cabeça baixa
pela sinuosa avenida, iluminada
pelas luzes amarelas dos postes
enfileirados,
penso sozinho no dia em que cheguei.
Aquele cheiro diferente que se sente
quando chega-se em um lugar pela
primeira vez ainda reside em minha memória.
Pedro II tem um cheiro suave entre
a fumaça das motos e o cheiro da roça.
Na mesma avenida, andando lado a lado,
dois seres da mesma cidade, mas parece que de mundos diferentes.
A garota de calça jeans apertada com o celular
no ouvido desce rápido para postar a foto no perfil,
de calça social e chapéu de massa, o senhor
do interior desce rápido para não perder o carro de horário.
Eu, enquanto isso, desço devagar
apreciando esse momento corriqueiro
do nosso cotidiano, mas que mostra as lindas faces da nossa cidade.

Filipe Pereira Filipe Pereira Autor
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