Poesia

Entre Sorrisos e Chuva

Entre Sorrisos e Chuva

Que dizer desta química?
As sextas já não são as mesmas
sem o culto aos nossos corpos
entrelaçados ante a dança na chuva,
nos meandros urbanos sem destino
onde a única parada planejada
era nosso beijo sem fim.

Mais do que isso,
as melodias que sussurravam
no arpejo do nosso toque único,
transcendiam o passo das horas;
e na comunhão de nossas almas,
completávamos a frase um do outro.
Até o reencontro de nossos olhos
no despertar matutino,
quando um fio invisível nos reconectava, enfim.

Riamos praticamente de tudo
e não por que os ambientes a nossa volta eram perfeitos;
Era nossa sinergia que contagiava,
ainda descrentes do quanto nosso magnetismo era arrebatador,
e provocava sorrisos espontâneos.
A te admirar ainda me obstino:
e anseio que entendas, se hoje sou poeta, devo consentir,
que as arestas de meus versos ainda são forjadas pelo seu calor,
Um hausto que me moldou assim!

O deleitar de sua companhia
foi um instante a se apreciar em minúcias,
nem mesmo o álcool em demasia
embriagava minha lucidez.
E se dominasse o mecanismo do tempo, o faria passar tão devagar,
que sua marca e seu cheiro se eternizariam em todo meu ser.
Se bem que sinto que isso já se realizou...
pois minhas sinapses transpiram seu nome quando acordo e quando vou dormir,
e meu espírito pulsa a todo instante
o que você significou para mim.

Poemmus (09/05/2023)

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