Poesia

O rio e eu

O rio que meus pés, molhou
Nem de longe se parece
Nas águas que flor ancorou
Nem peixe agora aparece

Parece que a natureza
Fugiu daqui do sertão
Vivo agora sem certeza
Surpresa foi ver razão

Primeiro foi nosso amor
Que em lascas definhou
De má sorte faleceu

Nem peixe no rio nadou
A mata daqui murchou
Só o silêncio viveu

Lina Ramos

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