Poesia

De repente

De repente
A vontade dos sorrisos
Não nos visita
A gente nem sente
A conduta normal.. já esquisita
Transpassar o mal e nos deixar
Esquisitos pros esquisitos

A gente chora
O corpo chora
A gente faz gente
Chorar por nós
Pelas vozes que devoram
As luzes dentro de nós
À sós, choram. Sempre

É tudo tão de repente
A poesia da vida não
Faz sentido, não rima
Nada vale a pena, a tinta
Nem o papel com emoções
Poderá, junto a si, amarelar
Ao arquivo da vida anexar

Depressão é o câncer
Do pensamento.. bicho que consome
Todo doce encanto de viver
Com negativo receitas o colírio
E nem é frescura
Quem nos dera saber a cura
Dantes de sentir o início

Óh! Deus dos livres arbítrios
Afaste-nos das dores, dos suicídios
Masoquismo sem prazer é mutilação
Rotina de pranto é a morte da alma
Toda rima precisa de compreensão
Divã às palavras sem nexo é calma
Tudo é assim: de repente

Divaldo F S Filho Divaldo F S Filho Autor
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