Poesia

Dançando com sorte

É a dança da sorte

Eu venho eu vou
Eu tenho eu sou
Um abismo e aí

Vendedor vencedor
Me dê pra vazar
Eu sou a vazão
Te dou razão

Me estenda a mão
Não fale da fé
A vida sob medida
Fera ferida
Que acende

Me roda
Me banca
Na boca na rota
Que avanço

Eu e a fome
Me beija
Me leva
Eu vou

Eu não vou
Sei o que sou
E o que você é
Um ser que atrai
Que trai a filosofia

Que um dia de domingo
Me levou deitou e elevou
Me leva me deita
Quero colo ou o teu solo
Pra que eu adormeça

E aqueça
Esqueça
A levada
A boca
A voz que diz
Banca
Eu banco

E me perdoe
Eu me perdi
Me aceita
Eu aceito
Dívida a dúvida
Decidir.

Lina Ramos Lina Ramos Autor
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