Poesia

Sabedoria de vovô

Distraída no canto
Comecei a observar
Numa cadeira de balanço
Sentado estava lá

Entre o verde e o mato seco
Ele mirava o horizonte
Olhar no infinito
Imaginei ter uma ponte

Uma ponte que levava
Para outra dimensão
Sem erro, sem duvidas
Era coisa do coração

Meus vinte e poucos anos
Juventude capital
Seus oitenta bem vividos
Sabedoria original

Suas rugas, sandálias de couro
Seu sorriso vale ouro
Ele trazia pra dentro
A natureza e o relento

Para uns é tédio
Ele chama calmaria
O que eu pensava ser a causa
Me ensinou ser o remédio

Julianna Paiva Julianna Paiva Autor
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