Poesia

Delírios


Alma embalsamada em rancores
ciência que não decifra as piores dores
filosofias a pairarem enraízam-se
pontos tentando se ligar
conexões que aproximam
e fazem distanciar
e a certeza onde esta?
Certeza
delírios que tentamos explicar
em cada pouco do povo um tanto de louco
passagem do subconsciente
para labirintos.
A cada qual uma estrada
e o nome na lápide é sempre a última parada
descanso da tormentosa corrida de atletas
a fuga de uma jaula enferrujada,
cheia de moribundos.
Há sempre uma viúva que acabará de enterrar o marido
e impregnada em tuas vestes com o cheiro do mistério
da à luz um poeta.
Ah...
O poeta é filho do choro!
camaleão que tanto muda que às vezes esquece que já mudou.
Poesias sãos células
Concretização do abstrato que somos
das cores que criamos para clarear o que acreditamos
Porque sempre vagamos
e as linhas que os poetas preenchem
são somente poemas que somos.

Marluce Persil Marluce Persil Autor
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