Poesia

Linha Sinuosa e Terráqueo Hominal

Linha Sinuosa e
Terráqueo Hominal



Estavas com sede, dei-te água pura e cristalina.
Estavas com fome, dei-te peixe fresco.
Dei-te a vida, agora deseja-me a morte.
Da serpente eu sou a linha sinuosa.
Tiraste-me a minha única camisa,
por que tornas o bem por mal?

Porque a minha fome é maior que a barriga,
a minha boca maior que a vista dos olhos,
o meu bafo é fogo, o meu xixi é veneno,
o meu esterco é resíduo imundo.
Devoro-te, pois o meu desejo é
o maior pavor dos povos.

Pois agora invadirei a
tua casa, roubarei os
teus bens e
assinarei os
teus filhos.

Junior Mariano Junior Mariano Autor
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