Poesia

O Salvador Dalí



Eu poderia até comprar algumas flores
mas sem arroz eu venderia minhas dores
eu posso até está errado sobre a vida
e sempre agredidos pelas distopias

sou condenado a morrer aqui todo dia
e renascer no absurdo da poesia
eu sempre tive o silêncio em agonia
agora eu sei que tudo nasce e morre um dia

e quantos quadros pintarei pelo caminho
quantas horas me prendi em raciocinios
perguntei ao tempo qual sua função
minha unção talvez esteja fora de questão

fora de padrão
ação que volta contra tudo que sonhei um dia
antipatia com esses pastores que se julgam na paz
e pela paz mentem tudo a troco de suas orgias

eu fui de lá exilado
agora corro atrás das chaves na estrela ao lado
peço a tudo que é sagrado, peito apertado
eu vejo sangue no baralho, está tudo errado

a voz da alma vibra no corpo ao morto
que agora vive depois de pensar um pouco
estamos soltos mas presos a internações
me diga quem tu és que te direi que tem razões

eu quis falar sobre o que penso, eu tentei
abri minha caixa e a todos logo eu pequei
medir a cor das emoções, viver contra a maré
verdade doí aos porcos no chalé

Ícaro De S E S Ícaro De S E S Autor
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