Poesia

Martelo e lança

Chora o monte,

Escorre o sangue dos mortos,

Milhões dizimados, desesperados

Agonizam os vivos, esquecidos...



Fenrir, tarefa concluída,

Lamentam os deuses a vida perdida.

Menino travesso, lembrou-se do berço,

Nascido no frio, órgãos de gelo.



Criador morto pela cria,

Vida após vida, ironia...



Ruge então o martelo,

Contra lança atirado,

Impacto, inimigo eliminado.

Pai e filho mortos, lado a lado



À margem de um rio tranquilo,

Via em reflexo aquilo que trazia,

Inquietude da eterna alma, vazia,

Tanto quanto o copo em tua palma.

Arjuna Borges Macedo Arjuna Borges Macedo Autor
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