Poesia

Crepuscular

No silêncio da noite
Só o frio não se afastou
A lua e as estrelas são cúmplices
O sangue fresco corre ao chão
Ainda solta vapores
Chega até poças d'água
Tingindo sua coloração em tons de vermelho
Minha respiração está acelerada
A bainha da faca ensanguentada
A lâmina ainda a pouco cravada
Agora está em minhas mãos que tremem
Sufoco o choro
Ingonoro a dor e o remorso
Não há tempo pra mais nada
Agora só desejo escapar
O sofrimento vai embora, finalmente
Um soluço, não consigo conter
Pela última vez um sorriso em meus lábios .

Tiago Dalbosco Tiago Dalbosco Autor
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