Poesia

Marina Hoffmann

Tocar o intangível
Amar o impossível
Esse parece ser
O destino de alguns
Dos trovadores solitários

E assim como Ícaro
Que sem pretensão
Voou mais alto do que deveria
Ao se aproximar do astro-rei
Caiu no mar Egeu

Ele chegou perto demais
Daquele anjo de corpo dourado
Em forma de mulher
Não pôde tocá-la
Sua beleza era embriagadora

E agora apenas observar
A Teiniaguá já não era suficiente
A embriaguez fez mal
E a ressaca do dia seguinte cobrou o seu preço
Caro demais

A infinitude do amor
Pode assumir vários tons:
Sadio, trágico
Doentio e até engraçado
Hoje, foi trágico.

A E Fagundes A E Fagundes Autor
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