Poesia

No café em que os amores se acabam

No rito dos encontros calorosos dos dias gélidos
Estava eu
Com um amarelo na mão
Amarelo vivo
Maldito amarelo
Estava ela
Do outro lado
No café em que os amores se acabam
Acabam na mesa
Mesmo entre o sorriso fuleiro do garçom
Se esgotam ali
Toda possibilidade do amarelo entrar na alma dela
De fundo as músicas do Brasil verão
No seu peito não fazia verão
Era fria como aquela tarde modorrenta
Feita para os amores acabarem.

Dani Dani Autor
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