Poesia

Caim/ Soneto II

Um dia observando as rochas na praia
as marcas de erosão como na pele
um glifo que em outros tempos me diverte
agora em contrição que em mim caia

Não devia ter pecado de tal maneira
confundido minha existência com a de um Deus
a nós apenas cabe a incerteza
a mim agora a face do porquê

Dos loucos fiz altar, agora sou
apenas mais um deles, e nada sei
mas qual será o alento que restou

Ao homem que do mundo ousou ser rei
e depois de 7 dias descansou
às margens desse sangue ao pó voltei.

Ícaro De S E S Ícaro De S E S Autor
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