Poesia

A Pena e o Prumo

E se o mar desaguar?
e dessa garganta amarga apenas palavras vazias
e se o céu desabar?
sobre nossas cabeças toda a leveza de uma vida
e se nada mudar?
depois de todos os ciclos nossas almas imutáveis
quero acreditar
e se tudo mudar?

nós seguiremos nossos medos
achando ter fugido desse turbilhão de sonhos
mas que todo esse peso
irradia nossos corpos quando a alma brilha

mas que todo desejo
a beleza de um beijo
e se o mar desaguar?

então iremos até a porta
olhar a quem lá bate pelo nosso olho de vidro
a calma que te provoca
de todas as memórias que ela tiver nos dito

e se ela voltar?
solidão é como um vento frio que a noite nos toca
e se o céu desabar?
quando vai levantar?

Ícaro De S E S Ícaro De S E S Autor
Envie por e-mail
Denuncie